segunda-feira, 4 de junho de 2012

Padre Sergio também é eco escola





ANÁLISE


Francisco Morato é um município do Estado de São Paulo, na Região Metropolitana de São Paulo, microregião de Franco da Rocha. A população estimada é de 157.294 habitantes e a área é de 49,2 km², o que resulta numa densidade demográfica de 3.470 hab./km². Os rios que cruzam a cidade são os ribeirões Tapera Grande e Euzébio Matoso.
Mencionamos abaixo alguns programas e projetos para uma rápida análise.
1-Município Verde Azul do Governo Estadual
Os Passivos Ambientais considerados nesse Programa estão divididos em dois conjuntos.
O primeiro deles decorre de imposições legais caracterizados pelos custos ambientais incorridos ainda não quitados pela prefeitura, relacionados abaixo:
                         
- Existência de áreas contaminadas e penalidades aplicadas pela Companhia Ambiental do Estado de São Paulo-CETESB;

- Existência de pendências em relação ao licenciamento ambiental;

- Constatação de entulho em Área de Proteção Permanente- APP;

- Não cumprimento de Termo de Compromisso de Recuperação Ambiental- TCRA (Licenciamento ou Autuação) e Auto de Infração Ambiental-AIA (impetrado contra a prefeitura).

O segundo grupo de obrigações ambientais caracteriza-se pelas mais recentes condições de coleta e tratamento do esgoto e dos aterros sanitários, refletidos pelas notas, em dezembro de 2011, do Índice de Coleta e Tratamento do Esgoto do Município- ICTEM e Índice da Qualidade de Aterro de Resíduos- IQR. O valor total do Passivo Ambiental que será aplicado sobre o Índice de Avaliação Ambiental- IAA pode variar de 0 (zero) a 30 (trinta) pontos, sendo 20 (vinte) deles referentes ao segmento de obrigações legais e os 10 (dez) pontos restantes referentes às condições de coleta/tratamento de esgoto e às condições de aterro de resíduos domiciliares.
Seu ranck Estadual no Programa Municipio Verde Azul:  (011) 31334014
2008 é nota 5,33 lugar 643 
2011 é nota 5,41  lugar 622
Se considerarmos a evolução que tivemos ainda é pouco comparado ao potencial de profissionais qualificados que temos em nossas comunidades escolares;


2- Sem atividade contribuindo para o retrocesso da caminhada de nossos profissionais.O Programa de Jovens, Meio Ambiente e Integração Social – PJ MAIS é um programa de educação eco-profissional e formação integral de adolescentes entre 15 e 21 anos de idade, habitantes de zonas periurbanas e entorno de áreas protegidas da RBCV. A proposta do PJ-MAIS é adequada ao conceito de reserva da biosfera, integrando a necessidade de sustentabilidade econômica de jovens em situação socioeconômica desfavorável com a preservação e recuperação ambiental, mudando atitudes e paradigmas em relação ao seu ambiente e melhorando a qualidade de vida as comunidades envolvidas.
O Programa trabalha o jovem em sua inteireza, encorajando o estudante a pensar, a refletir, a tomar decisões e a praticar a ética e a cidadania.
O treinamento eco-profissional acontece nos Núcleos de Educação Eco-profissional (NEE) com duração de 2 anos, sendo realizado simultaneamente à educação do ensino médio. Essa formação implica na criação de oportunidades de participação, treinamento e capacitação em quatro oficinas temáticas:
  • Produção e Manejo Agrícola e Florestal Sustentável;
  • Turismo Sustentável;
  • Consumo, Lixo e Arte;
  • Agroindústria Artesanal.
Estas oficinas práticas e reflexivas, de caráter produtivo, abrangem uma ampla gama de possibilidades de atuação eco-profissional dos jovens no chamado eco-mercado de trabalho.
O convênio com a cidade de Francisco Morato foi de 2008 à 2010; venceu o convênio, mas não foi renovado. Fica aqui o questionamento, por que o conceito auto- sustentável não foi implantado neste projeto pois bem sabemos tudo é passível de se acabar, mas tendo uma base sólida na implantação o projeto por si só tornaria independente e ganharia rumos de empresa coletiva, cooperativa, ONG, etc. Fazendo parcerias com o entorno comercial a comunidade escolar na representação de sua associação de pais e mestres se torna independente, forte, auto sustentável e principalmente estabelece limites as demandas de políticos interesseiro que fazem de nossas escolas curral eleitoreiro.
Em atividade, fortalecendo parceria comunidade escolar e bairro.
O Programa Comunidade Educadora que forma jovens Agentes Pedagógicos Ambientais nos municípios. Estes jovens atuam em escolas, creches e espaços comunitários mobilizando seus colegas, professores e familiares para a proteção e valorização do meio ambiente local. Nesta ação, participam 30 jovens em Francisco Morato, da E. E.Jardim Alegria II; projeto trazido pelas mãos da professora Andrea Leite (ciências e biologia), o mesmo projeto se encontra desde o ano de 2010 em algumas escolas daqui de Francisco Morato; E. E. Bueno Azevedo, E. E. Vicenzo Lobassi, E. E. Levorin e E. E Belém da Serra e na Fundação Pró- Morato, também de Francisco Morato, que possui uma dinâmica diferente das escolas –  não montam as tendas em colégios, mas em locais diferentes, como a APAE ( Associação dos Pais e Amigos dos Excepcionais). É válida uma visita nestes locais para termos base inicial e assim fortalecer a ideia de sermos também uma eco- escola por iniciativa do próprio corpo docente. E principalmente deixar claro nas reuniões dos APAS que aqui não é a lixeira da E. E. Jardim Alegria II, portanto é necessário a conscientização...

Plano de ação ambiental
Diante a tais situações, percebemos que as frentes de trabalhos são;
- Incentivar o Município a melhorar seu Ranck, conquistando melhor lugar e melhor nota, com ações que colaborem na redução dos entulhos nos aterros sanitários através da reciclagem dos residuos solidos e organicos ganhando assim estatus de eco escola sustentável pois o dinheiro arrecadado com a reciclagem e a possivel venda do adubo organico contribuirá para melhoria da estrutura escolar.
- Implantar hortas educativas com as crianças. O objetivo é demonstrar que desde pequenos já temos responsabilidades pelos nossos atos, e que esses atos podem melhorar ou piorar o entorno onde vivemos, estudamos e principalmente refletirá nas novas gerações, mesclando nas aulas teóricas e práticas, conceitos de Educação Ambiental, Nutricional e Valorização do Meio Rural  e periurbano ( sub regiao Norte) via Horticultura.
- Valorização: Terrenos baldio virando hortas escolares e comunitárias é igual a menos lixo portanto ambiente mais limpo e agradável, nova alternativa de renda, envolvimento e participação comunitária contribuindo assim para os trabalhos cooperativos e melhoria da qualidade de vida.

Sementeira e composteira suspensa com geladeira e fogões (aço 100% sustentavel)

Benefícios Ambientais são incontáveis, para exemplificar:
      Fortalecer o Eixo da comunidade através da Educação Ambiental que interfere diretamente na Qualidade de Vida.
       Conscientizar a Comunidade Local sobre a sua responsabilidade para com o meio em que vive e o meio global
      Fazer um resgate histórico ambiental, diagnóstico atual e planejamento para preservação e restauração de áreas degradadas do entorno das escolas e prédios públicos;
      Trabalhar a relação entre  a vegetação e a água; reciclagem e lixo; lixo e água; água e reciclagem; valores de amor e respeito à natureza;
      Conhecer técnicas simples de coleta e produção de mudas de árvores nativas, reflorestar as áreas degradadas principalmente entorno das escolas e prédios públicos;
      Arborizar e manter a limpeza em calçadas, jardins, áreas de lazer com plantas típicas da mata nativa em torno da escola e predios públicos.
      Manter um viveiro de mudas para estudo e fornecimento de espécies que deverão ser utilizadas nos reflorestamentos, arborizações, paisagismo do bairro e quem sabe cidade em conjunto com o herbário para que as crianças tenham o conhecimento de plantas medicinais, plantas do cerrado, caatinga, planicie, Mata atlantica, Floresta amazonica, etc. Conheçam pequenos bichos; formiga, cupim, lagarta, minhoca, tatuzinhos, etc.




Respeito aos animais, idosos, cadeirantes, carroceiros, faxineiros, “lixeiros” (profissionais da conservação publica), professores, merendeiras, etc...



 parquinho revitalizado



Valorização e revitalização dos patrimônios públicos desenvolvendo o sentido de pertencimento e respeito mutuo, sem esquecer as regras de transito e saúde, pois é essencial  que esses temas sejam abordados de forma lúdica e cultural.




Refeitório decorado



Reciclagem Criativa em conjunto com a horta



local para armazenar organizadamente as ferramentas da horta

Redução dos Materiais orgânicos e sólidos nos aterros municipais.



 Sala Verde com filmes wall.E, máquina do tempo ( turma da Monica), os sem floresta, a polegarzinha (barbie), rio ( trafico de animais arara azul ave em extinção),  a era do gelo (animais extintos e aquecimento global), etc. ; filmetes, livros, cadernos, cartilhas com temas: eco cidadão, as águas subterrâneas do Estado de São Paulo, Agricultura Sustentavél, Aquecimento global, biodiversidade, consumo sustentável, desenvolvimento sustentável, ecoturismo, energias renováveis, etanol e biodiesel, gestão ambiental, habitação sustentável, licenciamento ambiental, lixo mínimo, mata ciliar, poluição atmosférica, unidade de conservação, uso racional da água, etc.;  cartazes, etc.
oficina de brinquedo com materiais recicláveis
( recicloteca )



Capacitação dos envolvidos no projeto




 Geração de emprego e renda





 Valorização dos Artesão, etc


Considerações finais

Trabalhar questões ambientais é caminhar na busca da qualidade de vida do presente e do futuro.
            O ser humano tem que se perceber parte do ambiente  e  desta forma tratá-lo com respeito, dignidade e amor.
            Quem ama o espaço em que vive se preocupa com o seu gerenciamento e é capaz de fazer intervenções na busca da melhoria da qualidade de vida.
            Através da sensibilização de gestores, educadores profissionais e educadores universitários nas questões ambientais é possível desenvolver junto a comunidade que freqüenta as escolas  reflexões e ações em prol de um ambiente saudável.







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